segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um daqueles dias...

Ontem era um daqueles dias.

Você não sentia fome, como se seu estômago tivesse a capacidade de adivinhar que era um dia importante, e se recusasse a funcionar. Assim como a sua mente, que parecia estar longe dali. Irracional.

E se por algum motivo - talvez a insistência dos seus pais para que você se alimente, ou pelo simples hábito -, você comeu, desejou ter desobedecido seus pais e esquecido seus hábitos, como fez seu estômago, quase recusando a comida e fazendo-a voltar garganta acima.

Você não conseguia se concentrar em uma mesma coisa por um longo período de tempo. Ficar sentado, por exemplo, de repente era uma tarefa complicada. Suas pernas, com tanta vida própria quanto seu estômago, precisavam se movimentar.

Assim como suas mãos, que suavam. E gelaram ao som do apito. Se fecharam, quando era quase gol para o time adversário. Quase arremessaram um copo de vidro na televisão, quando o mesmo jogador, errou a mesma jogada, do mesmo jeito, nos levando para o mesmo lugar. Acabaram indo para o seu rosto, impedindo que as pessoas ao seu redor vissem suas lágrimas.

Você sentia diferentes emoções em meros minutos. Raiva, quando seu time levou o primeiro gol. Alívio, quando seu time empatou. Raiva de novo, quando seu time levou o segundo gol. Felicidade, quando seu time empatou. É, DE NOVO. Desespero, quando segundos depois, ele leva o terceiro e último gol.

Tristeza, quando o juíz apita e dessa vez, para terminar o jogo. Terminar o seu sonho. Suas esperanças. Sua vontade de falar de futebol. A primeira divisão. A nostalgia que você gostava de sentir - com aquelas boas lembrança, aquelas velhas vitórias, aquele outro time - e que agora, apenas aumenta sua dor.

Hoje é um daqueles dias.

Não muito diferente do dia anterior. Nem da segunda-feira passada.

São as mesmas derrotas.

Os mesmos três pontos perdidos.

Os mesmos torcedores frustrados. Cansados.

E os mesmos torcedores que na segunda-feira passada diriam com uma convicção inabálavel que "ainda dá". "Não podemos desistir." "Temos tempo."; hoje não são mais os mesmos. Juntaram-se aos outros, homogeneizando toda uma torcida: decepcionada. Cansada. Triste.

E apaixonada.

Porque ano que vem dá. Não podemos desistir. Temos tempo.

E VAMOS VOLTAR!

domingo, 4 de outubro de 2009

Pelo Sport. Pela reconquista.


Hoje, não vou falar de problemas. Ou felicidades. De tristezas e decepções. Do que eu sei, do que eu gosto.
Hoje, vou me limitar a ele, com uma paixão ilimitada. Sport Clube do Recife. A primeira frase que vem a minha cabeça? "Serei tua até a morte."

Se você não gosta de futebol, não perca seu tempo com esse post.
Se você não gosta de futebol, mas acredita que amor pode ser direcionado a algo que não seja uma pessoa, talvez valha a pena me acompanhar até o fim desse texto.
Se você não gosta de futebol, acha que eu sou apenas mais uma brasileira irracional amante de um esporte sem sentido, você não me conhece nem um pouco. É, pode fechar a página.
Agora, se você gosta de futebol, e ama tudo que faz parte desse mundo, isso faz de nós duas pessoas.

Futebol pode ter inúmeras definições. Boas e ruins. Verdadeiras e falsas. No fundo, talvez ela seja bem subjetiva.
Em um dia, pode ser o esporte que te transformou na pessoa mais feliz do mundo. Quando você foi Campeão da Copa do Brasil, por exemplo, em uma partida que tornou seu time, cada jogador dele, em heróis. Naquele dia, e em todos os outros que levaram até aquele dia, você aprendeu o que perseverança significa. O que união proporciona. O quanto a injustiça e imparcialidade machucam. O que uma torcida é capaz de fazer. Milhares de pessoas com apenas um coração. E o futebol o fez bater como ninguém jamais conseguiu. Como nada jamais conseguirá.

Em outro dia, pode ser o esporte que te faz ir do céu ao inferno em menos de 45 minutos. Talvez ele te leve de volta ao céu nos minutos seguintes. Talvez te deixe no inferno.

Em outro, pode ser o esporte que liga você a outras pessoas.

Ser Sport, ser rubro-negra, são todas as definições acima. É ser a pessoa mais feliz do mundo no dia 11 de junho de 2008. E no dia seguinte, quando tudo que você fez foi mostrar a quem não acreditava o que seu time conseguiu. Foi fazer chacota do adversário, porque ele e todos os outros, já haviam feito o suficiente com você. É ser a pessoa mais orgulhosa do mundo ao ver seu time ganhar - de virada - um jogo em uma altitude até aquele momento desconhecida e se tornar líder do grupo da morte (o nome já diz tudo).

Ser Sport, agora, é acreditar. Ter esperanças. Não desistir. Olhar para trás e não ter dúvidas que nossa raça, nossa torcida, continuam ali, intactas, esperando para serem usadas. É ir até o Sul e Sudeste e trazer uma vitória. Ou empate. E mostrar que sim, nós podemos. Nós estamos vivos. Nós estamos avançando. Nós estamos... voltando.
_

"Serei SPORT mesmo que a bola não entre,
mesmo que a Ilha do Retiro se cale,
mesmo que o manto sagrado desbote,
mesmo que a vitória esteja longe.
Serei SPORT,
seja longa a jornada,
seja dura a caminhada.
SPORT no peito e na alma,
no grito e nas palmas.
Serei SPORT até morrer!"

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Signs of Life.

Dizem que após uma tempestade, sempre vem a calmaria. O que não dizem, é que a tempestade pode ser longa, e a calmaria pode estar longe. Muito longe. Tão longe que você não tem certeza que ela realmente existe. Os dias continuam exaustivos. As noites continuam curtas. As pessoas continuam te decepcionando. De novo e de novo.

Seu coração quebra, e talvez, se fosse apenas o seu, tudo seria menos doloroso. Quando o seu quebra por causa de outro que vai se estilhaçar, tudo não fica mais doloroso? Eu tenho certeza que fica. Dói. E tudo que você deseja fazer é gritar, porque aquilo te sufoca. E antes que isso aqui fique muito emo, paremos com a angústia.

Dar tempo ao tempo, clichê, mas não menos verdade. Ter consciência que as pessoas, sim, elas vão continuar te desapontando. De novo e de novo. Às vezes até sem perceber. Elas vão te abandonar, e mesmo que seja por algumas horas, você vai se sentir sozinho. É o que chamamos de 'convivência' e quando esta é alterada, nem que seja por algo bom, ou necessário, ainda assim não a faz menos desconfortável. Irracional. Ter certeza que a maioria das coisas tem um fim, e se isso ou aquilo vale a pena, agarra-se e nunca deixe ir embora. Ah... o amor? Continua transcendental e eterno. Eu continuo perdida em outra pessoa. Mas como diz a música: "Alguns acham salvação em alguém. Outros apenas a dor."

Desabafo off.
_

"I don't know where I'm going
Only know where I been."

Feel the Silence - Goo Goo Dolls

terça-feira, 8 de setembro de 2009

People & People

Sempre achei, e continuo achando, fascinante as diferenças entre as pessoas. Como cada uma pensa, como cada uma se comporta e/ou age em determinada situação. E como isso as define. Faz com que elas evoluem. Ou não.

Gosto dos inúmeros hobbies de cada uma delas. Ou de seus vícios - e aqui eu falo dos bons vícios, dos saudáveis. Algumas são viciadas em esportes. Outras em séries. Outras em escrever. Ler. Viver.

Acredito que o que nós fazemos e apreciamos, nos proporciona não só diversão, mas amizades. Pessoas em nossas vidas. Momentos. Alguns acham que ser viciada em seriado é ser apenas viciada em seriado. E elas estão erradas, porque é muito mais do que isso.

É encontrar alguém para chamar de 'partner'. E entender o total significado dessa palavra.
É encontrar alguém que te aperreie tanto que suas 'discussões' são suas maiores provas de amizade. E amor.
É encontrar alguém para dividir a dor da morte do seu personagem preferido. Ou dividir uma amizade em que a confiança é evidente.
É encontrar alguém que te transforma em uma pessoa melhor. Te beta, como faz em tuas fics, ajeitando teus erros. E nem você nem ela sequer se dão conta disso.
É passar a ter mais de um time de futebol para torcer e ficar feliz com uma vitória, porque eles estão felizes também.
É encontrar uma família.

As nossas semelhanças nos unem. E o que gostamos, atrai as pessoas. E o que somos, as mantem ao nosso lado. Quando surgem as diferenças, nós as respeitamos e não tentamos mudá-las. Muitas vezes até as aceitamos.

Em uma época em que tudo que precisam é das pessoas pensando igual, eu adoro conhecer alguém que apesar de ter entrado na minha vida por um gosto em comum, é diferente de mim por outros motivos. E permanece assim. E é exatamente por gostarmos de coisas diferentes que o 'se conhecer' é sempre renovado. O mistério continua presente. E pra mim, um pouco de mistério é essencial.

Todo esse post me lembra o primeiro que fiz aqui: "E ser você mesmo é tudo o que você pode fazer."
_


"Most people are other people. Their thoughts are someone else's opinions, their lives a mimicry, their passions a quotation."

- Oscar Wilde.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Everything happens eventually.

Tudo acontece eventualmente.

Você finalmente acha a música do season premire de uma de suas séries favoritas.
Você consegue instalar e fazer funcionar seu jogo preferido de todos os tempos para PC.
Você decide participar da Copa de futsal da sua universidade.
Sua primeira aula prática de direção é no dia seguinte e você se sente nervosa quanto a isso.
Seu time de futebol ganha.
Você volta a torcer pela seleção de futebol do seu país sem nem mesmo perceber.
Sua série com o shipper mais enrolado está próxima de estreiar.
Você diz olhando nos olhos dele: "Você é o homem da minha vida."
E ele te responde: "Você é a mulher da minha vida."
Você entende o que 'Existe alguém para todos, alguém para você passar o resto da vida junto' significa.
Ao mesmo tempo em que você entende o que 'Quando você ama alguém, você se abre para o sofrimento' significa.
Você aprende que a insistência pode levar a conquista.
E que as pessoas mais ingênuas podem ser aquelas que vão te machucar mais.
Os problemas de adolescentes, tão bobos agora, tornaram-se de adultos. Sérios. Dolorosos.
Um relacionamento que para você tinha um belo futuro, de repente, termina.
Uma das únicas pessoas que você achou que nunca ia te decepcionar, te decepciona. Terrivelmente.
_

Booth e Brennan como um casal romântico?
Políticos brasileiros honestos?
E o Naútico melhor que o Sport?

Ninguém é tão ingênuo pra achar que tudo - absolutamente tudo - acontece eventualmente, certo? :)
_

It's hard to find angels in hell.

City of Devils - Yellowcard

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Patience.

Paciência. Algo que eu, feliz ou infelizmente, não tenho muito. E que vem sendo testada demais nos últimos dias. De várias formas.

É realmente tão difícil entender o nick no msn? Perceber se alguém está realmente ausente ou não? Se eu estou escrevendo, eu estou escrevendo. Se não estiver escrevendo, e mesmo assim tiver no nick, e se você for legal, eu estarei falando com você. Mas não, claro que ninguém vai respeitar um nick. Pra que, certo?

É realmente tão difícil para um homem ser honesto e fiel? Porque, apesar do que minha amada Brennan diga, nós somos uma sociedade monogâmica. Não gosta de alguém, separe. Se gosta, se entregue. A matemática é simples. Ser homem, realmente homem, é que não parece ser tão simples assim. Eles são tão raros...

É realmente tão difícil perceber que todos temos uma bolha pessoal? Um espaço pessoal? E que precisamos desse espaço. Não é toda hora que qualquer um, por mais próximo que seja, pode invadir e achar que está confortável ali. Eu não estou. E, olha só, é MEU espaço pessoal.

É realmente fácil perceber que eu não tenho mais paciência para analfabetos (msn-mente falando), a maioria dos homens e grudes, certo? Certo.
_

"Just hold me close inside your arms tonight,
Don't be too hard on my emotions."

Patience - Take That.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Expect the unexpected.

Você acorda extremamente feliz. Duas das suas melhores amigas estão namorando com dois dos seus melhores amigos. Namoros que começaram em menos de 3 dias. Supreendentes, complexos e lindos.

Você não se importa se o seu dia é completo na universidade, com aulas das 7h10 às 12h10, enquanto sua irmã fica dormindo em casa por que o colégio dela foi interditado e só retornam dia 01 de setembro. Não, isso não te impede de levantar da cama com um sentimento bom, puro.

A primeira aula do dia é inútil. A segunda também. E duraram não mais do que 40 minutos. Você não reclama e segue para a sua última e mais importante aula. Presta atenção, muito embora seu cérebro te faça fechar os olhos momenteamente, obrigando você a resistir a tentação de simplesmente baixar a cabeça e dormir. Mas você não quer realmente dormir. A tarde promete diversão e encontros. Casais. Amor. Seu amor.

Então você almoça, porque apesar de aulas inúteis e apenas uma aula importante, seu estômago não se importa com isso. Alimentada, você visista suas amigas no cursinho ao lado, fazendo festa ao revê-las. Namorando. Tão felizes quanto você. Claro.

Você volta para a universidade, após sua consciência gritar um milhão de vezes que é exatamente isso o planejado. Siga o plano. Estude. Estudamos. Rimos muito também, com as enormes equações que apareceram no caminho. Nada, nada disso pode estragar os últimos três dias. Os acontecimentos. As novidades.

E então, o grande momento, o que você estava esperando desde do dia anterior. Você, agora acompanhada também do seu amigo e namorado, voltam para visitar as mesmas amigas de mais cedo. Você assiste o primeiro beijo de um casal que você shippou (e oh, esse deu certo). Você beija. E então, uma ligação: "Não terá inglês hoje. Vamos remarcar a aula para semana que vem." - Felicidade total agora! Você não tem mais um compromisso, além é claro, aquele que você marcou com a bola de futebol.

Quatro de um lado x três de outro. Placar: 1x2, respectivamente. Você está jogando bem. Quer fazer um gol. Corre, o fôlego já acabando. Mas algo te interrompe. Claro que algo te interrompe. Sempre interrompe.

"Deixasse teu celular no banheiro. Uma professora achou e pediu para que fosse lá pegar agora."

Eu fui. Não peguei. Pegaram antes de mim. Você corre atrás de um milhão de pessoas. Da mulher estúpida que entregou o seu celular a qualquer um sem ter certeza que era o verdadeiro dono ao diretor do seu campus. É, obviamente não acharam o seu celular.

Antes de desistir, você explica a história um milhão de vezes (metade delas só para os seus pais), sabendo do final dela: você volta para casa, em um ônibus lotado, com fome e claro, sem o seu celular.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Be yourself is all that you can do.

Serei o mais breve possível. Primeiro, por que não sei falar muito de mim mesma. Segundo, por que, pode admitir, você já me conhece e não quer me ouvir falar besteiras que você está cansado de saber. E terceiro, odeio quando dizem "me fale um pouco sobre você", exatamente o que fizeram comigo uma semana atrás, na aula de inglês, e o que ainda vão fazer em outras milhões de situações.

Cinco minutos e uma página da minha cadeira de Sinais e Sistemas copiada depois - eu falei que não sabia fazer isso -, decidi começar pelo mais óbvio e que vocês já leram ali no 'About me'. Sou Sport Club do Recife desde que fui concebida. Levo o futebol a sério e se você acha irracional, pense nas pessoas que fumam, drogam-se ou bebem exageradamente, e repitam que eu sou irracional. Aceito que tudo tem limites e é exatamente nisso que baseio os meus vícios. Meus conceitos e atitudes. Considero futebol uma parte da minha vida, de quem eu sou. Muitas vezes não sou Bruninha (ou as outras variações do meu nome), sou apenas 'a rubro-negra'. E isso diz mais do que eu tentei nas últimas linhas.

Os seriados estão tão ligados a mim que um dos meus mais queridos apelidos é Chelle, de Michelle Dessler, 24 horas. Considero-os mais do que uma fonte de diversão. Através dos meus personagens favoritos aprendo valores importantes para mim como ser humana. Aprendo fatos científicos. Conheço novas pessoas. Pessoas tão importantes que se tornam amigas. Companheiras. E elas - que por sorte moram perto de você ou as que estão em outros Estados -, como diria Shakespeare, são parte da família que me permitiram escolher.

Os meus hobbies são simples: escrever, por enquanto no mundo das fanfictions. Ler, alguns gostam de repetir que eu como livros e muitas vezes fazem soar como se fosse uma coisa ruim, ou um absurdo alguém ler tanto. Sério? Converso melhor com o livro do que com muitas dessas mesmas pessoas. Ficar na internet, percebeu já, né? E claro, passar tempo com minha família (leia-se: minha irmã mais nova, meus pais e minha avó. Os que me restaram e que fazem realmente parte do meu cotidiano) e com meus amigos. Amigos fazem parte de outro post. Outro enorme capítulo, se não 99% da minha história.

Não sou uma morning person, então não espere meu bom humor ao me encontrar em processo de acordar e encarar o dia. Não sou uma dog person, muito embora esteja tentando mudar isso. Estou - estamos - trabalhando nisso. Evil bitch com quem merece. Sou ciumenta e possessiva - em um nível não doentio, por favor. Amo as coisas mais simples da vida. Acredito em quem merece minha confiança. E acredito também que esse post já está maior do que deveria.

Para que serve esse blog? Hum... Talvez em outro post eu encontre a resposta. No momento, para tirar essas palavras da minha cabeça.

Até a próxima!
_

"Alguém jura verdadeiro amor até o fim dos tempos.
Outro, foge.
Separados ou juntos.
Saudáveis ou loucos.

Mesmo tendo pago o suficiente,
tendo rompido, sendo impedido.
Toda simples memória do que poderia ter sido.
Traços de amor.
Não perca o sono essa noite.
Tenho certeza de que tudo terminará bem.
Você pode ganhar ou perder.

Mas ser você mesmo é tudo o que você pode fazer."

Be yourself - Audioslave