domingo, 30 de maio de 2010

The Last Hour.


Eu tentei - por quatro vezes - escrever sobre o fim de 24 horas aqui. E nas quatro vezes, tudo que consegui foram frases desconexas. Hoje, ao ler o email de uma amiga falando sobre o series finale, encontrei minhas palavras. Talvez ainda desconexas, mas com algum significado para mim. E certamente para quem me conhece. Decidi colar aqui o comentário que enviei a ela.
_

Quando acordei, no dia do finale, eu tava ansiosa. Meu coração tava apertado, como se tivesse uma mão em volta dele. Me sufocando.
Confusa também, porque queria muito chegar em casa (estou estagiando de manhã e estudando à tarde, então só chego em casa à noite), mas ao mesmo tempo, eu não queria. Não queria. Não queria TER que VER o último, entende? Mas ao mesmo tempo era absolutamente tudo que eu queria. Precisava, não precisando. Confuso. Confusa.

Em vários momentos do dia, durante o trabalho ou as aulas, eu quis chorar. Porque eu lembrava que era o fim. Que janeiro será triste. Vazio. Incompleto. Que eu nunca mais escutaria "The following takes place between...". Nada. Absolutamente nada. E eu quis chorar. No meio do dia. No meio da sala. No meio de todas as pessoas que não entenderiam e talvez até debochassem dos meus sentimentos (com exceção da minha melhor amiga). Eu realmente quis chorar. Por vezes, sentia meus olhos brilhando, e os desviava para algum ponto que ninguém visse.

Cheguei em casa com todo meu foco em assistir os dois últimos. Tentei não pensar em 'últimos', mas em apenas os 'episódios'. Não tava pronta pra ver. Nunca estaria. E já tinha dito a várias pessoas que eu choraria do começo ao fim. O que foi quase verdade. Quando começou, o relógio formando '24', o "The following takes place...", nada disso tinha feito as lágrimas virem até... 'Events occur in real time.' Damn it. Por que? Só pra lembrar a gente da primeira vez que ele falou isso? Em como todo COMEÇO de temporada tem essa mesma frase? E tinha no fim. No fim. Tinha que ter. Para nos lembrar, pela última vez, que acontecia em tempo real. Tão real.

Daí em diante, algumas cenas me fizeram chorar. Do primeiro episódio, não lembro muito. Mas do segundo... Ah o segundo...

A cena entre Jack e Chloe, do "SHOOT!" - "NO! I CAN'T! - "DAMN IT, CHLOE!" - "PLEASE, JACK, DON'T MAKE ME DO THIS!" - "DAMN YOU, CHLOE!"
E ele levando a própria arma a cabeça, e ela desesperada, e eu chorando, e o fim se aproximando (dele, da série, de tudo). E o tiro. O tiro DELA NELE. Algo dentro de mim me dizia que ele não iria morrer. Não iria. Jack Bauer iria viver por mais uma hora. Por mais um dia. Mas mesmo assim, eu chorei, enquanto implorava para a maldita cena avançar e eu poder ver aqueles olhos azuis de novo. Abertos. Vivos.

E sinceramente, o que falar daquela última cena? Eu não tenho palavras. Ou talvez eu tenha, mas apenas não sei colocá-las de uma forma coerente para que você entenda. Porque aquela cena foi... épica. Inesquecível. Perfeita. Nem se eu imaginasse um milhão de possibilidades, elas seriam tão boas quanto realmente foi. Jack e Chloe. Eu sinto como se fosse uma homenagem a eles, sabe? Pela amizade. (Sim, seria ainda mais perfeito se tivesse sido Tony). Pela longevidade dos personagens. Por nós. Que desde a terceira temporada (When you first came to CTU...) conhecemos ela. Ele. O quanto eles evoluíram. Juntos.

"Are you with me?"
"I can't do this without you."

Lealdade.

E eu podia ver Mary Lynn chorando ali. Não Chloe. Talvez as duas. Misturadas. Uma só. A frase final quebrou meu coração em um milhão de partes. Não esperava que algo tão simples como "Shut it down" pudesse ter tanto significado. Tanto poder. Eu chorei tanto. Tanto. Nunca chorei tão forte assim antes. Tanto que eu precisei botar a mão na boca para impedir que meus soluços fizessem barulho ou meus pais/irmã iriam vir até meu quarto perguntar quem morreu. 24?

Não!

No dia seguinte, minha cabeça doía. Doía mesmo. E foi tudo que precisei para faltar o estágio. Ficar em casa. Dormir um pouco mais. Esquecer. Esquecer que a série da minha vida havia chegado ao fim. Dizer adeus dói demais. Em qualquer nível. Para qualquer coisa. E é algo que nem eu, nem você, nem algumas pessoas - aquelas que realmente sentem - vão se acostumar. Gostar. Nós apenas continuamos. Sobrevivemos. Vivemos. Passei a quarta-feira triste. Vazia. Distante. Às vezes presente. Na maioria das vezes ausente. Quis olhar pro céu (o drone...) várias vezes, a última cena voltando a minha mente. Shut it down. Shut it down. Thank you. Good luck, Jack. Shut it down.

Mas em algum momento, eu comecei a voltar ao normal, e acho que sei o motivo. Ainda não é fácil, não. Em janeiro, vou provavelmente ficar bem triste por alguns dias, os dias em que eu supostamente deveria estar baixando 24. Esperando ansiosamente pela legenda. Por ele. Nosso herói. O motivo? 24 horas nunca vai desaparecer. Pode ter desaparecido da FOX. Da programação. Das nossas terças-feiras de janeiro à maio. Mas não das nossas vidas. Das nossas lembranças. Das nossas pratileiras. Tá ali. Ao alcance da nossa mão. E toda vez que você escolher uma temporada, um episódio, uma cena, um quote, você, eu, vamos saber que não morreu.

It wasn't shut down.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Rei Leão.


Parecia um cenário de guerra.

A rua mal iluminada. Pessoas aglomeradas em determinados pontos. Sons de helicoptero. Gritos de guerra. Bandeiras. Uniformes.

Tensão.

Pressão.

Apenas um resultado desejado: a vitória.
_

Existem momentos que ficam na sua memória para sempre. Momentos que você daria inúmeras coisas para apenas revivê-lo. Sentir tudo de novo. E de novo. Momentos que você até duvida que foram reais, de tão bons. Tão vivos. Momentos esses que podem ser um jogo de futebol. Uma única partida. 90 minutos lembrados por toda sua vida.

Sport 1 x 0 Naútico - Final do Campeonato Pernambucano 2010.

A guerra. Porque sim, era uma.
Não com armas e pedras e paus.
Mais com 36 mil corações, 36 mil vozes ecoando. Cantando. Gritando. Torcendo.

E em um único momento, outros dentro dele podem ser tão inesquecíveis quanto.

O grito de guerra e o arrepio que se seguiu a ele. Os olhos cheios de lágrimas
A mão suando. Pigando. Apertando.
O coração batendo alto. Forte. Rápido.
A voz querendo gritar gol. Apenas um. Rápido.

GOL!
Campeão de Pernambuco.

As lágrimas descendo pelo rosto. Meu rosto. Pelo rosto de crianças, que talvez estivessem presenciando o time ser campeão pela primeira vez. Pelo rosto de homens, que se permitem chorar por futebol. Com o futebol.

36 mil torcedores apaixonados.

Pentacampeões.

domingo, 16 de maio de 2010

I believe...

I believe I'm just adapting "I confess" idea but it is a new idea nonetheless.
I believe I should be writing my article right now but who fucking cares?
I believe in my soccer team.
I believe you don't know I have more than one soccer team.
I believe promises are meant to be kept.
I believe all crappy days can be turned into a beautiful day with only one moment. Only one sentence.
I believe "there is someone for everyone. Someone you are meant to spend the rest of your life with."
I believe in you only if you give me reasons to.
I believe I'm not the same kid from your memory. Now I can fend for myself.
I believe you know the last sentence is from a Paramore song.
I believe Bones season finale is gonna make me cry like a baby.
I believe if I don't watch it SOON I'll eat all my fingers.
I believe 24 series finale will break my heart into little pieces.
I believe I shouldn't be so hopeless addicted to tv series.
I believe a true friendship can grow even if you're miles apart.
I believe I have a partner.
I believe I have a best friend.
I believe I have my someone.

I believe... I should just shut up.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

I confess...

I confess I'm copying this idea from my partner's blog.
I confess I don't even know what to confess.
I confess I have a lot of things I'd like to say but I don't know how.
I confess I don't understand people anymore.
I confess I don't try to understand people anymore.
I confess I find intelligence soothing.
I confess sometimes I rely on logic.
I confess sometimes love is the only thing that can save my day.
I confess sometimes it's all too much.
I confess I can't walk away.
I confess I love to help people even if it means hurting myself in the process.
I confess I'm paying a price for helping someone that I don't care to pay.
I confess I wish I could hit some people.
I confess once you say something hurtful, you can't take it back and I won't forget.
I confess I'm writing this because I needed to say all these non-sense stuff somewhere.
I confess I should write my post about my soccer team and our incredible night yesterday.
I confess I just needed to confess.

I confess...